Das noites

Demorei mais de uma semana a conseguir escrever sobre isto.

Ele falou comigo todos os santos dias durante quase 15 dias. Sim. Ele vinha falar, ele mandava mensagem a dizer olá e ele é que continuava na conversa. Ele. Sempre ele.
Pedi por tudo para que a minha estupidez não fosse a mesma mas já não deu. Ele mexe comigo, ele tira-me do sério. A muitos ( demasiados) níveis. Eu voltei a ficar mais envolvida que nunca, as mensagens voltaram a preencher-me os minutos e os dias e a perspectiva de estarmos juntos voltou a ser boa na minha mente.
Até que finalmente marcamos, até que finalmente combinamos um encontro sabendo exactamente ao que íamos. Ia plenamente mentalizada para o que ia fazer e para como ia ser. Tinha toda uma noite programada e todos os acontecimentos debaixo de olho.
Só não estava a espera de acabar sozinha a olhar pro mar e a chorar como se o mundo me tivesse caído em cima de vez. Nem sequer tinha pensado nessa hipótese.
Não estava a espera de ouvir nada do que ouvi nem da atitude que me foi dada. Não estava a espera das mensagens que enviou depois a desculpar-se porque não sabe porque faz o que faz. Correu mal. Correu mesmo mal.

No dia seguinte tinha um jantar de trabalho para o qual a vontade já não era muita, mas que ia ter noite e perspectiva de dançar e beber. Ora, eu não gosto de discoteca nem de álcool mas eu precisava (muito) de sair, de dançar até não sentir os pés e de beber, a sério, de me sentir levemente fora de mim. Precisava muito e assim fiz.
Tinha tido na noite anterior a pior noite da minha vida, pior não podia ser. Até que o assunto ao jantar foram as tristezas das vidas amorosas que o grupo da minha mesa tem. E veio tudo em força ter comigo outra vez. Veio a profunda tristeza de amar alguém que é mau e não conseguir ir contra esse impulso.
"É tão bom, mas tão bom quando é bom que uma pessoa esquece o mau que é quando é mau." Esta frase fez-me sentir idiota. Como é que me posso esquecer do mau se é mesmo muito mau?? Não. Definitivamente não. NÃO.

Decidi dançar e fazer coisas estúpidas e dançar toda a noite com o L. e gostar.
Esqueci-me que ele existia e que respirava ( e que até estava convidado para aparecer e passar la a noite comigo),
Não estava a espera de, depois de ter secado em mim tudo o que havia para chorar, ter sentido o maior desprezo que me consigo imaginar a sentir por alguém, e ser logo por ele esse sentimento.

Acho que percebi como é errado sofrer que nem louca por quem nem um sorriso merece quanto mais uma lágrima.
Acho que junto com o choro de sábado a noite deitei fora o sentimento. E desapareci. Não envio nem respondo a sms, e face a comentários dele no meu facebook volto a dar desprezo.

E assim passou mais de uma semana. E não tenho saudades. E não sinto tristeza por tudo o que podia ter sido e não foi porque ele não quis. Não quero vê-lo, nem senti-lo, nem ouvi-lo nem sequer falar com ele. Não quero nem ver o nome dele no meu telemóvel.

Quero que ele me saia da pele, da cabeça, do pensamento e do coração.
E qual tatuagem removida a laser, até pode doer mas sai.

E ele vai sair. So help me God.


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