Tanta coisa

Tanta coisa para dizer, para gritar, para explodir. Um nó na garganta tão grande, uma vontade imensa de dizer verdades, de transformar silêncios em frases. Tenho tanta coisa para dizer, tanto para falar. Tanta coisa para contar, tanta coisa para expor, para gritar. Sinto um mar de palavras que quer sair. No entanto, quando agarro na caneta não sai nem uma palavra. Quando abro o pc não sai nada. Quando abro as mensagens não consigo escrever nem um olá. Quando abro a boca para te falar não se ouve qualquer som.

Tenho tanto para dizer. Tenho tanta coisa para desatar este nó. E não consigo dizer nada. 





Tamanho*

Eu consegui!!




"Queres vir tomar café?"
(o coração parou durante dois segundos) "Não."
"Oh, anda. Estou aqui quase a chegar a tua casa."
"Não.Hoje não."
"Então desce só pra te dar um beijinho e dizer olá. Anda, estou mesmo aqui"
"Hoje não dá mesmo."^
"Ok :("

Eu consegui dizer-lhe que não e manter a resposta. Eu consegui. eu consegui não ir a correr. Consegui saber que ele estava aqui na rua e não sucumbir à vontade de ir vê-lo.

Eu consegui. E não podia estar mais orgulhosa de mim!!

(Isto mais os 2 kilinhos perdidos esta semana faz quase com que isto seja perfeito :D )

Tamanho*

Normalidade

- "Achas que a implicância dele contigo é normal?"
- Silêncio....

[a verdade é que não sei. Não sei se o abanar árvores para me molhar com as pingas da chuva quando passo e a cinza atirada sempre para cima de mim e as graças e as partidas são normais. Aliás. Sei que não são normais porque não o vejo a fazer isso com mais ninguém. Pelo menos não nesta escala.
Só não sei se é bom ou mau.
Nem sei o intuito. Nem percebo porque é que o riso dele é diferente comigo. Mas eu gosto muito da gargalhada solta e franca. E gosto ainda mais da cumplicidade que existe no olhar e na forma como nos entendemos sem falar.]

- " (..Silêncio... ) É normal é. Não vês que nada nele é normal?"
- "Sei."



Caras engrenagens da minha cabeça, vocês são estúpidas.



Tamanho*

...

Deixa-me só abrir a página de facebook dele 546876518767 mil vezes só para rever aquela foto que eu preferia não ter visto mas que mesmo assim continuo a rever.

A sério? Mas aquela doença grave já não te tinha saído da pele? Aquele problema mental já não te tinha passado?

Foda-se!



Tamanho*

Escrever


Voltou a vontade de escrever. De rabiscar na folha os desejos e as vontades e as depressões. E as respostas que ficaram por dar. E os cenários imaginados. E os sonhos, ah, os sonhos.

Voltou a vontade de pegar num livro e nunca mais largar, a vontade de ser mais de mim outra vez. De ler e ler sem parar e de escrever e escrever como se da ponta da caneta dependesse a vida de alguém. Ou a minha, Voltou a vontade de não ser interrompida a meio de uma frase. A vontade de mudar a historia e de apagar o final.

Voltou a vontade de mandar tudo com o caraças porque afinal enquanto houver livros e folhas e canetas eu sou e estou feliz.

Voltou a vontade de não desistir da dieta e de não esquecer as promessas a mim mesma. A vontade de gostar mais do que vejo e de nem ouvir comentários,

Voltou a vontade de ser livre leve e solta. De não esperar 24h por uma sms e por aquele café. De não sorrir idiotamente para o nome no visor, de não ouvir as barbaridades que magoam e reagir com a melhor poker face ever. Voltou a vontade de esquecer. Esquecer momentos antigos e novos, esquecer frases, esquecer caricias e toques, esquecer beijos. Esquecer.

Voltou a vontade de não estar carente. De não me confundir, de não sofrer sem motivo, de não ter macacos na cabeça, de não arranjar duvidas que não existem, de não duvidar dos meus sentimentos.

Voltou a vontade. E voltou em força.


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Hoje

Sinto-me a perder tempo. A desperdiçar momentos valiosos. Sinto-me a desperdiçar paisagens, viagens, músicas, conversas, pores do sol e fins de tarde.
Sinto que o teu toque demora e o teu olhar perturba.
Sinto que um dia vou olhar pra trás e pensar que foi não mais que tempo inutilizado.
Sinto-me mal.



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