Escrever


Voltou a vontade de escrever. De rabiscar na folha os desejos e as vontades e as depressões. E as respostas que ficaram por dar. E os cenários imaginados. E os sonhos, ah, os sonhos.

Voltou a vontade de pegar num livro e nunca mais largar, a vontade de ser mais de mim outra vez. De ler e ler sem parar e de escrever e escrever como se da ponta da caneta dependesse a vida de alguém. Ou a minha, Voltou a vontade de não ser interrompida a meio de uma frase. A vontade de mudar a historia e de apagar o final.

Voltou a vontade de mandar tudo com o caraças porque afinal enquanto houver livros e folhas e canetas eu sou e estou feliz.

Voltou a vontade de não desistir da dieta e de não esquecer as promessas a mim mesma. A vontade de gostar mais do que vejo e de nem ouvir comentários,

Voltou a vontade de ser livre leve e solta. De não esperar 24h por uma sms e por aquele café. De não sorrir idiotamente para o nome no visor, de não ouvir as barbaridades que magoam e reagir com a melhor poker face ever. Voltou a vontade de esquecer. Esquecer momentos antigos e novos, esquecer frases, esquecer caricias e toques, esquecer beijos. Esquecer.

Voltou a vontade de não estar carente. De não me confundir, de não sofrer sem motivo, de não ter macacos na cabeça, de não arranjar duvidas que não existem, de não duvidar dos meus sentimentos.

Voltou a vontade. E voltou em força.


Tamanho*

0 comentários:

Enviar um comentário